quarta-feira, junho 21, 2006

A propósito do "cão pássaro"


Tudo como era antes!
Tenho vontado de ter tudo o que tinha antes...
Meus amigos, o meu tio, a minha avó...
Tenho vontade de ser tudo o que eu era antes...Segura, optimista, sonhadora...
Tenho vontade de sorrir como sorria antes... de verdade.
Tenho vontade de chorar como chorava antes... chorava sempre sem motivos!
Tenho vontade de dormir como dormia antes... tranquila.
Tenho vontade de sonhar como eu sonhava antes... sem limites.
Tenho vontade de olhar como eu olhava antes... sem ter que desviar o olhar para deixar transparecer o que sentia!
Queria ter vontade de falar como falava antes...

Mas esta vida é assim... já não posso ter, ser, andar, sorrir, chorar, dormir, sonhar, olhar e muito menos falar!
Tudo como era antes!
Simplesmente porque um dia eu fui assim.
FUI! Agora já não sou... Mudei muito. Às custas da minha história.
Às custas da minha vida!Mas ainda não mudei o bastante.Tudo e todos que a Vida me vai dar... tudo e todos que essa mesma vida... me vai privar ou já privou!

TUDO COMO ERA ANTES!

Ah se querer fosse poder...

Até eu me transformaria num cão pássaro.

terça-feira, junho 20, 2006

" Quase Bom... "

Dantes a minha vida era quase boa. Tudo o que tinha de melhor na vida era quase bom. E bem sabes como o quase bom é, e sabe sempre a pouco...
Quase bom é ter o que se poderia ter, se não fosse como está a ser. Quase bom é fazer o que se gostaria de fazer, se pudesse realmente acontecer, é ter sem ter e fazer sem fazer... como se nunca se desse conta.
Quase bom é tanto de nós e tão pouco da realidade! E sempre foi assim que fui levando a minha vida, levando-a por onde ele não estava, levando-a por onde eu desejava que ele fosse, embora aquela sombra estivesse sempre lá... num insosso quase bom!

E imaginava eu um sorriso a abrir-se naquele rosto nunca visto, ao invés de um fechar de porta brusco que eu sei lá...
Imaginava uma palavra rasteira que se alojasse nas pedras rochosas do meu coração, habitando o sol quente daquela noite.
Imaginava a polpa de uns lábios a escorrer pelos cantos da minha boca.

E pra dizer tudo de uma só vez: imagina-se um tudo, para um quase nada, para um quase bom...

Dantes a minha vida era ir ao cinema com uma mão e voltar com uns braços ocos, com umas palavras fantasma, com um olhar invisível. Nada na minha vida dava existência e importância a mim própria... e admito que agora ainda sou assim - nem depois de tantas lições fui capaz de aprender esta lei da vida.

O outro eu não prestava para nada, senão para o que eu imaginava.

AMAR

Era uma correria sem destino nunhum
por mais que eu chovesse toda sobre as terras dos outros, não gerava flor e muito menos frutos.
Nem pelas cartas sempre em papel tão original o amor encurtava as distâncias... e agora? Com esta moda que pegou e tão cedo ninguém a esquece ainda vai ser pior!!!!

As palavras... eram apenas palavras - e por muito que se desejasse elas nunca se transformavam em nada! Elas serviam apenas para prolongar o sofrimento?

Não, talvez não.

Pois... era como acender um cigarro agora, sabendo que mais tarde vais tossir...

Dantes a minha vida era quase boa. E se eu não estivesse aqui agora, nunca iria saber.
Pelo menos agora vivo a pensar que já sei o que é "quase bom"...


Aliás: "o espírito enriquece-se com aquilo que recebe, e o coração.... com aquilo que dá"

E já Fernando Pessoa dizia:

"o valor das coisas não está no tempo que elas duraram, mas sim na intensidade com que aconteceram. Por isso, existem na vida momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis"

E não é que Ele até tinha razão ? ?

No rol de pessoas amigas que conheci, sem dúvida que és a única que se encaixa na citação.

segunda-feira, junho 12, 2006

Aprender a Viver... um Jogo chamado VIDA!


De lágrimas nos olhos escrevo estas palavras que me abrem ao mundo na ânsia de transmitir a felicidade que o sentimento me traz. Lamechas, talvez. Mas trago em mim este frenesim de gritar o melhor que a vida me oferece e o quanto me apetece incutir em ti, vontade de encontrar o amor e alguém que o protagonize no teu guião! Não são lágrimas de dor. É a música que ouço de fundo, que, como de uma banda sonora se tratasse, faz-me interpretar um dia na perfeição, e faz com que as palavras por mim ouvidas, imortalize tudo aquilo por que se passou... Na minha vida, esteve sempre presente essa necessidade premente de abraçar a paixão como uma tábua de salvação para a minha forma de existir. Vive-se pra sentir e recusa-se abdicar da melhor oferta de entre as que a vida nos proporciona. Vive-se para AMAR...Enfim... são coisas difíceis de explicar, que me entopem a fala como uma enxurrada de palavras a mais, as necessárias para o muito que há para dizer...É isso que tento fazer quando me sento diante de um monitor com a esperança de te oferecer o melhor que sou capaz nesta minha difícil função de "amiga dedicada e preconivente" como tu dizes. Resta-me desenhar a minha emoção nesta tela de letras e assim...partilhá-la com quem as lê. São sem dúvida imagens reais em directo do meu interior, este espaço que mais parece um reality show, daquilo que sou e daquilo que valho na arte da comunicação de mim e de quem comigo partilhar esta breve travessia pelo mar das interrogações, pela sucesão de acasos e sentimentos confusos que nos empurram pela vida fora ao sabor de paradoxos e de coisas absurdas que raramente fazem sentido e, quantas vezes insistes em não explicar, preferindo não responder às minhas "investidas" dizendo "vou tirar a mesa do pequeno almoço..."Não sentes vontade de me dar explicações e nem tens obrigação de o fazer... e.... porcerto nem eu disponho de sabedoria que me permita iludir-te em tal premissa. As coisas que sei, o pouco que aprendi, são as chamadas artes da vida que a experiência ensina e a sensibilidade permite interpretar.A minha forma de dar, faz-se das emoções que tento escrever. As outras pessoas, são as únicas responsáveis por tudo quanto sou capaz de sentir. A minha natureza é toda a gente, na proporção das relações que e estabelecem e do quanto somos capazes de acrescentar com as palavras que trocamos e daquilo que damos, mesmo quando dá pra desatinar ou num primeiro encontro falar de tudo menos daquilo que devemos... Tudo o resto são pormenores que às vezes me escapam, soam supérfluos na minha voracidade de glutão, das sensações exacerbadas, das vidas agitadas pela minha intervenção e que constituem a minha razão de existir. E tu, existes para amar a vida, através de quem te aceite assim, tal qual como és. E já agora: quem poderá gostar de viver a vida em lume brando? De vez em quando, ainda vá... mas por sistema? Jamais. ritmo certo é o que melhor serve o proprósito de esmifrar a vida até ao tutano, de preferência com a chama sempre no máximo....

sexta-feira, junho 09, 2006

Dia Mundial da Criança!!!!!



terça-feira, junho 06, 2006

Vivemos numa utopia...

Há quem tenha em que acreditar: DEUS.
E há quem acredite em si mesmo. A esses seres chamamos homens, isto claro, na minha opinião!
Mas afinal quem é o homem p'ra dizer o que está certo e o que está errado?
O verdadeiro homem é um animal irracional, como todos os outros, e não racional como pensa ser.
Temos instinto de sobrevivência que na "linguagem humana universal" passa por ganância, cobiça... e que se define por obter o máximo fazendo sepre "quanto menos melhor".
Na verdade, não existem pessoas boas ou ditas solidárias, existem sim, pessoas menos más que outras. Sinceramente, cansei-me deste estado secundário de existência em que se vive , e do estado depressivo a ele associado, que me faz pensar realmente sobre tudo em que acreditamos ou fazemos força para acreditar, e p'ra que não nos sirva a chamada "máscara".
Sinceramente: vive-se numa total utopia em que a perfeição é superior ao nosso desejo de um dia a atingir!

quinta-feira, junho 01, 2006

E se a vida fosse isto?

Tu chegas sempre depressa,
vens a voar baixinho todos os dias
na minha direcção, como desde a
primeira vez em que te puxei.
Não esperavas que eu fosse assim,
foste a maior surpresa da minha vida,
disseste-me entre duas piadas.
Fazes-me rir muitas vezes, deve ser por isso que,
quando falas a sério consigo perceber que és mesmo
tu, muito mais do que quando te sentas a escrever
disparates que fazem rir multidões.
O riso é o segredo universal do nosso entendimento...
Há outros segredos guardados no cheiro, no toque,
em tudo o que pensamos quando não estamos juntos,
nas conversas intermináveis em que conversamos como
velhos amigos enquantonos olhamos à espera do momento
certo para dar o próximo passo.
Não estamos habituados a isto, nem tu nem eu somos assim...
Sempre fizemos tudo o que nos passou pela cabeça, poucas
vezes parámos para pensar, mas agora é diferente, porque a
Vida não é isto, mas gostávamos que fosse e é por isso que
adiamos o momento certo para poder ser quando quisermos,
um dia destes, com certeza...
... O mais difícil já temos, equilíbrio e confiança, mesmo que nenhum saiba
o que quer, para onde vai e como lá chegar...
Olho p´ra ti e também não sei que te faça... só sei que me fazes bem...
e que te quero sempre por perto.